Tuesday, February 26, 2008

Com infelicidade e com... dedo do apito!

A equipa do Belenenses foi esta tarde de sábado, derrotada por 3-1 no Estádio do Restelo, pela formação do Marítimo, num jogo da 20ª jornada da Liga Bwin, cujo grande protagonista foi o senhor do apito, Rui Silva de seu nome, que «decidiu» o rumo da partida...

Perante um adversário directo na luta pelo acesso às competições europeias, o técnico Jorge Jesus , impedido de utilizar o lateral-direito Cândido Costa, optou por colocar Rúben Amorim nessa posição, promovendo a estreia como titular de Marco Ferreira.

Começou melhor a equipa do Belenenses, com Silas, aos 13 minutos, a fazer uma assistência brilhante para Weldon, que solto na área contrária, rodou sobre um adversário e aguentou a carga de outro antes de colocar a bola no fundo das redes de Marcos, inaugurando o marcador e fazendo o seu quinto golo no campeonato.

O Belenenses, motivado pelo golo madrugador, continuou a pressionar o adversário, com Marco Ferreira e Rúben Amorim a combinarem bem na direita e com Silas e José Pedro a coordenarem o ritmo da partida no meio-campo azul, sem que o Marítimo conseguisse fazer algo para contrariar a superioridade da nossa equipa.

No entanto, aos 24 minutos, começou a aparecer na partida o senhor do apito, Rui Silva, ao poupar a expulsão a Bruno, por uma entrada violentíssima sobre Marco Ferreira, num lance em que, a dois metros do local, conseguiu ignorar o sucedido e ainda assinalar uma pseudo-falta do nosso atleta.

Pouco depois, aos 27 minutos, um lance infeliz de Hugo Alcântara isolou o brasileiro Kanu, com Costinha a sair aos pés do avançado insular, sem no entanto tocar no jogador adversário, que aproveitou o lance para cair e fazer o senhor do apito assinalar uma grande penalidade bastante duvidosa, como injusta e errada foi a expulsão do nosso guarda-redes.

Em menos de cinco minutos, o senhor do apito conseguiu inverter uma situação de inferioridade numérica e ainda possibilitar ao adversário restabelecer a igualdade, facto que o médio Bruno não desperdiçou, batendo o guarda-redes Júlio César, que rendeu Costinha, estreando-se na nossa baliza, sendo sacrificado o avançado Weldon.

Apesar desta grande contrariedade, o Belenenses não baixou os braços e aos 34 minutos, esteve muito perto do segundo golo, num cruzamento de Rodrigo Alvim, que Marcos defendeu com dificuldade, para a bola sobrar para Marco Ferreira, que em plena pequena área, rematou forte para nova e brilhante intervenção do guarda-redes contrário.

Ambicioso, o técnico Jorge Jesus mexeu na equipa ao intervalo, fazendo entrar o central Devic para o lugar do amarelado Gabriel Gómez, fazendo a equipa actuar num sistema de três defesas, com Rúben Amorim a colocar-se na sua posição de origem, como médio mais recuado da equipa.

Porém, a segunda parte não poderia ter começado pior para o Belenenses, primeiro com um remate colocado de Bruno, que Júlio César respondeu com uma fantástica defesa , e depois, aos 47 minutos, com novo lance infeliz de Hugo Alcântara, a permitir um contra-ataque veloz de Marcinho, que isolado perante Júlio César não desperdiçou a oportunidade para colocar o Marítimo na frente do marcador.

O segundo golo maritimista foi um balde de águla fria na nossa equipa, que mesmo assim, e apesar de actuar em inferioridade numérica, não deixou de lutar e de procurar o empate.

Aos 60 minutos, Jorge Jesus apostou tudo no ataque, colocando o internacional lituano Jankauskas em campo, no lugar de Marco Ferreira, passando a equipa a jogar com dois pontas-de-lança na frente de ataque.

Pouco depois, José Pedro inicou um ataque rápido, colocando a bola em Roncatto, que flectiu para o meio e rematou forte e colocado, para uma brilhante intervenção de Marcos, que impediu o merecido golo do empate à nossa equipa.

Aos 71 minutos, Hugo Alcântara respondeu a um cruzamento de José Pedro com um remate espectacular à meia-volta, fazendo a bola sair muito perto da baliza contrária.

Com o Belenenses totalmente balanceado no ataque, surgiu, aos 72 minutos, o terceiro golo do Marítimo, num contra-ataque rapidíssimo, após perda de bola de Jankauskas, com Bruno a isolar Mossoró, que aguentou a pressão de Rolando e bateu Júlio César, acabando com as dúvidas sobre o vencedor do encontro.

No entanto, a nossa equipa nunca se deu por vencida, e numa atitude exemplar, com bastante brio, continuou a procurar o golo, que esteve novamente muito perto de acontecer, aos 83 minutos, quando Rúben Amorim assistiu José Pedro, para um remate fortíssimo em plena grande área, que Marcos defendeu com categoria.

O jogo terminou pouco depois, com a derrota caseira da nossa equipa, num jogo bastante infeliz, dado as decisões erradas do senhor do apito e as falhas invulgares da nossa defesa, que facilitaram e muito nos golos sofridos, tendo no entanto, os jogadores sido aplaudidos pelos adeptos presentes no Restelo, dado a atitude demonstrada em campo.

Esta derrota, num jogo em que o Belenenses rematou 17 vezes à baliza de Marcos, o dobro dos remates do adversário, não pode nem irá desmotivar a nossa equipa para continuar a sua caminhada rumo a um lugar que garanta o apuramento para as competições europeias.

0 Adeptos azuis: